compromissos. m.1. Obrigação contraída entre diferentes pessoas de sujeitarem a um árbitro a decisão de um pleito.2. Promessa mútua.3. Concordata de falido com os seus credores.4. Acordo político.5. Estatutos de confraria.6. Escritura vincular.7. Convenção.8. Contrato.9. Comprometimento.10. Ajuste.
Acordo, ajuste, contrato. Num compromisso, compromete-se, cede-se, sobre o pacto de um objectivo comum.
O diálogo político actual circula muito em torno desta palavra. Há um compromisso entre o centrão de rotatividade entre gestores, bem sabemos; há um compromisso entre o Estado e a Banca (surpreendentemente separados) de restrição mútua; há um compromisso entre o 'nós' - portugueses! que quando os coiotes se vêm alimentar retornamos ao paleio da unidade nacional! - e a Europa de cumprir metas arbitrárias de um falso crescimento.
Com a imagem da intransigência e extremismo, eu assumo-me contra o compromisso. Chamem-me sectário, vá. Eu não aceito a treta do bem público como lama que me atirais ao focinho para abrir nas minhas costas a porta da pocilga aos javalis. Já o vi assim, tantas vezes, por mim próprio ou por leituras de soslaio, a história deste país: o processo através do qual sucessivas políticas de compromisso dinamitaram as fundações de uma verdadeira sociedade de humanos; os erros, valha-nos deus, os mesmos erros cometidos em catadupa pelas mesmas pessoas na rotatividade cíclica dos cargos políticos e administrativos, constante e sucessivamente.
(agora vejo-os aí: na televisão, no parlamento, no conselho de Estado, a alvitrar sobre a identidade do povo e a responsabilidade social - TU estavas lá, malandro)
Porque não é fascismo, dizem eles! Atreves-te a comparar! Certamente não o é, pois a opacidade fascista não lhe permite agir com a tamanha perfídia e descaramento destes predadores sem cara nem causa a que chamamos "mercados" e "ratings" e "conjuntura internacional" (ah, como eu adoro a conjuntura internacional!).
Mas onde eu queria chegar? Sim, a união das esquerdas. Não há rumo libertador e responsável que não possa assumir o mais acérrimo anti-capitalismo. Em tempos de assalto, a reacção tem que ser violenta (ainda que uma violência discursiva, pacifista) e, acima de tudo, intransigente. Para isto a que chamamos 'esquerda' ter força, tem que desenhar a linha e bater o pé.
Não a nossa linha, a linha do compromisso, a linha do "podes vir até aqui". A linha DELES. Ficas aí, e daí não sais. Os lobos na jaula enquanto nós tiramos fotografias, por favor. Por nós e pelos nossos, o tempo é de união de interesses comuns, não de compromisso de ideais.
O diálogo político actual circula muito em torno desta palavra. Há um compromisso entre o centrão de rotatividade entre gestores, bem sabemos; há um compromisso entre o Estado e a Banca (surpreendentemente separados) de restrição mútua; há um compromisso entre o 'nós' - portugueses! que quando os coiotes se vêm alimentar retornamos ao paleio da unidade nacional! - e a Europa de cumprir metas arbitrárias de um falso crescimento.
Com a imagem da intransigência e extremismo, eu assumo-me contra o compromisso. Chamem-me sectário, vá. Eu não aceito a treta do bem público como lama que me atirais ao focinho para abrir nas minhas costas a porta da pocilga aos javalis. Já o vi assim, tantas vezes, por mim próprio ou por leituras de soslaio, a história deste país: o processo através do qual sucessivas políticas de compromisso dinamitaram as fundações de uma verdadeira sociedade de humanos; os erros, valha-nos deus, os mesmos erros cometidos em catadupa pelas mesmas pessoas na rotatividade cíclica dos cargos políticos e administrativos, constante e sucessivamente.
(agora vejo-os aí: na televisão, no parlamento, no conselho de Estado, a alvitrar sobre a identidade do povo e a responsabilidade social - TU estavas lá, malandro)
Porque não é fascismo, dizem eles! Atreves-te a comparar! Certamente não o é, pois a opacidade fascista não lhe permite agir com a tamanha perfídia e descaramento destes predadores sem cara nem causa a que chamamos "mercados" e "ratings" e "conjuntura internacional" (ah, como eu adoro a conjuntura internacional!).
Mas onde eu queria chegar? Sim, a união das esquerdas. Não há rumo libertador e responsável que não possa assumir o mais acérrimo anti-capitalismo. Em tempos de assalto, a reacção tem que ser violenta (ainda que uma violência discursiva, pacifista) e, acima de tudo, intransigente. Para isto a que chamamos 'esquerda' ter força, tem que desenhar a linha e bater o pé.
Não a nossa linha, a linha do compromisso, a linha do "podes vir até aqui". A linha DELES. Ficas aí, e daí não sais. Os lobos na jaula enquanto nós tiramos fotografias, por favor. Por nós e pelos nossos, o tempo é de união de interesses comuns, não de compromisso de ideais.
Sem comentários:
Enviar um comentário