segunda-feira, 4 de abril de 2011

Os milagres da pressão democrática das bases partidárias

Na sequência de uma posição negativa inicial, motivada pelo sectarismo recíproco das direcções do BE e PCP, parece que as coisas estão a tomar um outro rumo. Pelo que depreendo, Francisco Louçã vai avançar, na próxima convenção do BE, uma proposta de "diálogos" à esquerda (o coordenador bloquista manuseia sempre o seu dicionário de bom politiquês, nunca aludindo expressamente ao estabelecimento de um programa de governo comum) enquanto Jerónimo de Sousa não descarta a possibilidade um governo de coligação entre BE e PCP. A conclusão que eu tiro é que a pressão das bases dos partidos, mesmo sobre as direcções mais burocratizadas, faz milagres. E que tal BE e PCP sentarem-se à mesa e começarem a discutir um programa comum de governo? O tempo urge, camaradas, derrotamos a direita e damos a volta a isto agora, ou adiamos a unidade operária e popular para o amanhã que canta, mas insiste em não vir?

3 comentários:

João disse...

Não querendo recorrer a actos de adivinhação e astrologia (dos quais não sou crente) espero que se houver espaço para uma coligação BE/PCP não descredibilize ainda mais a Esquerda Socialista, pois está já se encontra extremamente debilitada e pouco convincente (não nos esquecemos que a capacidade crítica da população, sobretudo a portuguesa, não é das melhores. Assim sendo, os dirigentes dos partidos precisam, a partir do momento em que coliguem os partidos, de ter extrema cautela nos actos que efectuam e nas intervenções que realizam - sabemos que a direita é forte, isso é um facto).

Com os melhores cumprimentos,
João

Tiago Silva disse...

Teremos de estar atentos e empurrá-los para o caminho que achamos correcto, Caro João. Ânimo! :)

Cpts,

Tiago Silva

Anónimo disse...

Assim, sim. Se isso se confirmar, irei votar.